A Carne

U$ 1 milhão para quem criar carne artificial comercialmente viável

A PeTA oferece 1 milhão de dólares a quem criar, em laboratório, carne com gosto e textura de carne natural de frango, até junho de 2012. PeTA ou People for the Ethical Treatment of Animals (Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais) é a maior organização mundial pelos direitos dos animais. Para seus 800.000 membros, animais não foram feitos para servir de comida, vestuário, cobaia, tração ou distração. O prêmio, com gosto de desespero, pretende diminuir o sofrimento dos animais e reduzir os efeitos ambientais devastadores da indústria da carne.
Por sofrimento dos animais entende-se o esfolar raposas, ainda vivas, para a produção de casacos; enterrar gansos, deixando o pescoço de fora, despejando milho sem parar, através de um funil, até provocar esteatose hepática (engorduramento do fígado) para se fabricar o patê mais caro do planeta; seccionar as patas de cavalos e deixá-los esvair-se em sangue com o fim de obter-se carne mais enxuta; dilacerar o bico das aves de granja e espremê-las em espaço menor que uma folha de papel ofício, matando-as em um tempo 15 vezes menor do que se vivessem livremente; os pintinhos triturados vivos para virarem caldo de galinha, contendo fezes, penas, ossos e cartilagens; privar bezerros de esticar as pernas, após separá-los das mães (que hoje produzem 50 litros de leite, à base de hormônios, antibióticos e anabolizantes, sofrendo ordenha mecânica, mastite, prolapso), de sua alimentação natural, de sua liberdade, para abatê-los, com meses de vida, vendendo-os como vitela; dependurar em ganchos e dar choques elétricos em cães, carneiros, bois, cavalos, ainda vivos, pois a adrenalina torna a carne mais saborosa; porcos, bois e galinhas fatiados ainda vivos, pois a produção industrial é tão intensa que não dá tempo de matá-los; arrancar chifres dos animais com maçarico é algo corriqueiro, castrá-los sem anestesia... Note bem que todos os animais são mortos bem jovens, a maioria ainda bebês.
A sinopse deste circo de horrores sado-masoquista ainda é a essência do resumo da síntese de até onde pode chegar a estupidez humana.
Por efeitos ambientais devastadores entende-se a produção de carne em escala, solapando os recursos naturais.
Produzir 450 gramas de bife de gado confinado gasta 2,26 Kg de grãos, 9.450 litros d´água, energia de 3,8 litros de gasolina e 16 Kg de solo erodido. Os recursos fósseis são para o transporte, tratores, fertilizantes químicos e pesticidas: os animais já são quase subprodutos do petróleo. No Brasil há mais 230 milhões de cabeças de gado, contra uma população de 180 milhões. Toda essa produção de animais no mundo destina-se a apenas 15% da população mundial, pois o restante não têm acesso a ela, mas recebe em troca toda a destruição do planeta.
Mas, contrariamente à produção de carne, produzir vegetais para consumo humano é, em geral, 5 vezes mais eficiente em termos energéticos do que criar gado no pasto; 20 vezes mais eficiente que criar galinhas e mais de 50 vezes mais eficiente que criar gado confinado. Se hoje ainda tem sentido fazer o contrário é porque a carne vale mais que o petróleo. Porém, a longo prazo, produzir carne com recursos fósseis não faz o mínimo sentido.
A utilização excessiva da terra para criação de gado resulta na perda de sua camada fértil. Por todo o globo, a terra, que é a base da produção de alimentos, está sendo rapidamente erodida. Os fazendeiros optam por métodos de produção de baixo custo que deixam o solo exposto e submetem terras fracas à produção intensiva levando-as à ruína. A principal causa mortis das grandes civilizações foi o esgotamento do solo. Atualmente, 1/3 do planeta está em processo de desertificação.
Na Amazônia, 90% dos criadores de gado abandonam as terras em menos de 8 anos e vão incendiar outras florestas, queimando todos os seus habitantes juntos. Esse processo acaba com os remédios que vêm das florestas, com as nascentes, com os regimes de chuva, assoreiam os rios (enchem-nos de terra, fezes e urina dos animais e dos fertilizantes usados na produção dos grãos). Na América Central, 25% das florestas foram derrubadas para darem lugar às fazendas de gado. Na América do Norte, 30% das terras são pastagens e 50% das terras cultivadas são de grãos para ração animal (só 2% são para frutas e verduras). Lá, 80% da soja e 90% do milho são para o gado. No Brasil, 44% das terras cultivadas produz alimento para animais. No mundo, a cifra é 50%!
Todos os veículos do mundo, juntos, poluem bem menos do que a indústria da carne. Logo, é mais fácil parar de se alimentar de carne do que transportar- nos e transportar mercadorias. Mas isso não é bem divulgado pela imprensa mundial, pois a maioria dos seus donos são grandes fazendeiros. Para eles, o futuro negro dos nossos filhos e netos nada significa, desde que suas contas bancárias aumentem.
Florestas e animais criados para a carne competem pela mesma terra. O apetite do mundo banca o agronegócio. E este paga mais para quem come do que para quem preserva ou recupera a floresta. Daqui a alguns anos como faremos para abrigar e alimentar 9 bilhões de habitantes e mais algumas dezenas de bilhões de animais?
Fazer carne em escala industrial gera sofrimento aos animais e devastação ao ambiente. Não se devolve a vida a um pedaço de bife. Da mesma forma, o ambiente destruído jamais será o mesmo. O lucro ficará apenas com alguns; para a parte que consome a carne, cânceres diversos, gota, colesterol alto, depressão, enfartos, violência; para os demais que não a degustam, sobram as tragédias ambientais, como furacões, calor, falta de comida e água potável, secas, enchentes... ,enfim, o Aquecimento Global e os seus reflexos nefastos em toda a Terra.
Embora nenhuma diferença faça 1 milhão de dólares no bolso do cientista que criar carne artificial a preços competitivos, se você refletir sobre os pecados da carne, fará toda a diferença. Cada animal que você deixar de comer será uma diferença e tanto para ele. Enquanto vivermos do sangue dos semelhantes, não teremos paz, só doenças, guerras e desastres ambientais. E todos que participam dessa cadeia cruel de tortura e sofrimento é tão culpado quanto o açougueiro que mata.

Recicle, poupe água, ande mais a pé, não consuma produtos sem necessidade e, principalmente, não COMA CARNE!

4 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Seria um paliativo, e não sei também até que ponto essa matéria não é um deboche, mas a verdadeira solução ainda está londe de ser posta em prática... porque teria que lidar com abandono de tradições macabras onde a confraternização se dá alimentando-se de fartos banquetes de cadáveres!

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  3. O dano de comer carne atinge seriamente a alma (acredito que é um tema pouco tocado , mas muito importante) como nós sabemos , os animais antes de morrer para nos servir de "alimento" tem sentimentos como : medo , pânico , dor etc ...
    Tudo isso é energia negativa as quais nós ingerimos ao nos alimentar do cadáver do animal , além disso o animal segrega um veneno que é impossível de tirar da carne. Está comprovado que a nossa aura purificasse ao deixar de comer carne também todos aqueles que pretendem obter uma evolução espiritual é fundamental deixar definitivamente todo tipo de carne, assim compreender que somos todos um procurando viver em total harmonia e unidade com o universo .
    By : Milena... blees

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  4. "Comece a renovação de seus costumes pelo prato de cada dia . Diminua gradativamente a quantidade de carne dos animais. O CEMITÉRIO na barriga é um tormento ,depois da grande transição. O lombo de porco ou bife de vitela, temperados com sal e pimenta, não nos situam muito longe de nossos antepassados , os tamoios e os caipós , QUE SE DEVORAVAM UNS AOS OUTROS."
    Retirado do livro : Ramatis , Fisiologia da Alma
    Autor : Hercílio Maes
    By: Milena ... blees

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